Saudações Galera!
Há pouco tempo dei uma entrevista a Mariana Avila, do site Fantasya, que deveria ter ficado pronto mas teve problemas.
Como eu gostei bastante da entrevista, decidi colocá-la aqui, para compartilhar com vocês.
Espero que gostem:
Fantasya: Quando e como começou seu interesse pela literatura?
Leandro Reis: Na parte de escrita, o interesse surgiu sobre um cenário que eu havia criado. Eu gostava de algumas coisas e rabisquei contos sobre eles. Pareciam bons na época e o apoio dos amigos que tudo elogiam me fizeram continuar. Hoje vejo que o que eu escrevia deve ficar guardado, e que percorri um caminho longo para gerar os contos que tem boa repercussão. Ver este progresso apenas atiça meu interesse em continuar.
Já na parte de leitura, eu sempre fico envergonhado de comentar. Eu não lia muito até me interessar em escrever e hoje vejo o quanto eu perdi e não terei tempo de recuperar. Sempre fui adepto de filmes e eles consistem na maior parte da minha inspiração. Mas voltemos à literatura... Meu interesse é principalmente pelas obras fantásticas. Tenho uma lista imensa de livros para ler e estou caminhando para cumprí-la, pois tenho certeza de que isso, além de me divertir muito, vai me ajudar a ser um escritor melhor.
Vários jovens começam a escrever utilizando o gênero fantasia e comumente pegando emprestado as criaturas e o estilo Tolkeniano pronto. Aquela argamassa de "objeto mágico" + "criaturas legais e perigosas" + "futuro da humanidade ou de um local específico" que quase sempre dá certo. Com você foi assim também? É muito difícil conseguir fugir disso...
Sim, comigo foi assim. Eu sou fascinado por objetos mágicos, criaturas fantásticas e missões onde o sacrifício pessoal ocorre para o bem de todos. Isto vem de muito antes do mestre Tolkien (Que é o responssável por consagrar o gênero). A mitologia grega é cheia disto. Desde aquela época, as pessoas eram fascinadas pelo fantástico e escreviam sobre isso. Hoje, milênios depois, ainda temos uma grande quantidade de pessoas que adora imaginar essas coisas. Eu sou uma delas.
Seu blogsempre tem novidades, imagens, informações etc... Você acha que isso auxilia no interesse dos leitores pelo seu livro?
Eu tenho certeza. Estamos numa era multimidia. O modo de atingir as pessoas é este. Os resultados tem sido ótimos e, graças a esse trabalho, Grinmelken vem se tornando cada vez mais conhecida. Claro, ainda tem muito chão pela frente para chegarmos ao nível dos colegas Best Sellers. Mas estou satisfeito e não pretendo mudar a estratégia. O trailer, em especial, foi a melhor coisa que fiz. O retorno foi acima do esperado e acredito que uma boa parte do sucesso que estamos conquistando partiu dele. Não canso de agradecer meu irmão Leonardo e meus desenhistas pelo excelente trabalho.
Com qual de suas personagens você mais se identifica?
Sem pensar duas vezes: Gawyn! Ele foi criado com o auxilio de um grande amigo e ao transcrevê-lo para o livro sinto que mesclei um pouco da minha personalidade nele. O jeito otimista e bem humorado, daquele que não se deixa abalar por quase nada é como eu gostaria de ser. Mas temos uma diferença gritante: Minhas piadas são engraçadas.
Você procura passar alguma mensagem de moral ou éica nas suas histórias?
Sempre! Acho que todo livro tem que passar uma. Sutil ou direta, acredito que elas sempre estão lá. Filhos de Galagah e meus textos em geral tem várias delas em suas entrelinhas. Algumas pessoas percebem, outras nem se dão conta. Entre elas, acho que a mais frequente é: "Você pode fazer diferença na vida dos outros.".
Os livros costumam ser diferentes em questões de ênfase. Alguns preferem descrever detalhes e outros dão mais atenção ao enredo, à forma que o jogo se desenrola... Qual tipo você prefere?
O meio-termo. Descrições sem enredo são chatas. Enredo sem descrição é frustrante. Eu tento seguir este plano, dosando as descrições e me esforçando para garantir ao leitor um bom enredo. Acho que esta busca pela medida perfeita será eterna, mas acredito que este é um bom caminho.
Qual estilo de personagem você acha mais divertido escrever? Os heróis impecáveis ou os covardes desastrados?
Acho que é necessário ter um herói impecável para fazer contraste com o covarde desastrado. Gosto de escrever sobre o conflito que isto gera. No meu livro, as vezes me pego rindo dos diálogos entre o Gawyn e o Sephiros, com certeza, misturar seus comportamentos e vê-los reagir um ao outro é uma das partes que mais me diverte.
Em geral, o herói impecável é criticado, mas eu gosto dele. Gosto, por exemplo, do Superman, a representação da bondade invencível, aquilo que nunca seremos mas gostaríamos de ser.
Todo autor já sonhou em ter seu livro transformado em filme. E não tem como negar! Se um estúdio cinematográfico o contactasse, como você gostaria de formar a equipe de direção e atuação, se isso fosse possível?
Muitos diriam Peter Jackson, ou mesmo Riddley Scott neste momento. Mas se eu tivesse a chance, eu colocaria a direção nas mãos do ilustre e desconhecido Leonardo Reis (Guardem esse nome, vocês ainda ouvirão falar muito dele). Confio no meu irmão e no talento que o cara tem. Ele seria o diretor.
Atores... Essa é difícil. Acho que não escolheria nenhum mega-star. Faria como no Senhor dos Anéis, atores bons mas que não são estrelas. Afinal, quem era Orlando Bloom antes do Legolas?
Um livro: História sem Fim - Michael Ende
Uma música: Who want to live Forever - Queen
Uma das 4 estações: Verão
Um dia especial na sua vida: Meu casamento
Uma frase: "Lute por seus sonhos e incentive o próximo a lutar pelos dele."
Um sonho: "Que a literatura fantastica Brasileira cresça e tenhamos mais autores Best sellers por aqui. "
Um comentário:
Poxa, fico muito bacana a Entrevista.
Que legal, Parabéns; Adorei a pergunta sobre a possibilidade de trazer Grinmelken para as telonas ... Imagina só .. quer dizer, nos sempre imaginamos, lembra ?
Abraço
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