O Booktour está a todo vapor!
Saiu hoje mais uma resenha do Filhos de Galagah, desta vez feita pela Juliana Poggi, do Blog Caraminholas da J.P.
Foi uma resenha divertida e interessante, pois foi a primeira vez que vi alguém comentar uma coisa que muitos deixam passar. Quer saber o quê? Leia e descubra.
A palavra que melhor define o livro é: surpreendente!
Logo no prólogo temos um parágrafo de impacto, envolto em suspense e que te fisga, ele tá dá todas as esperanças do mundo em relação ao livro e está envolto a uma bruma um tanto fantasmagórica.
Nos primeiros capítulos acompanhamos nossa heroína em sua infância e conhecemos com ela o reino de Galagah, seus habitantes e um dos pilares da trama, a religião. Sua constituição é bem fundamenta, a concepção dos deuses a seus dogmas bem desenvolvidos ainda que guarde seus segredos, ao longo da leitura temos a impressão de que há muito mais a ser descoberto.
Em algum ponto a conjugação verbal um tanto bíblica do ‘Trazei-me, guiai...’ comum quando se trata de temas medievais/rpg de maneira geral, incomoda um pouco mas acaba se diluindo conforme a narrativa ganha ritmo. O mesmo acontece com o início que é bem descritivo, o que pra mim é sempre positivo, mas há quem não goste, apesar de ser natural já que um mundo está se construindo, mas os diálogos aumentam progressivamente de acordo com o avanço da leitura.
Um ponto positivo do livro é a acessibilidade, um leitor de fantasia com inúmeras referencias pode torcer o nariz, mas eu vejo um livro que pode fazer com que as pessoas se apaixonem pelo tema. A leitura é fácil, flui e se sustenta sem referencias externas o que se tratando de fantasia é muito difícil de encontrar. Me fez lembrar de todas as minhas referencias fantásticas da infância e preencheu muitas lacunas.
O livro é rico, sem ser denso e cansativo, por isso indico principalmente para os iniciantes que não tem formação RPGística, sem ela um primeiro contato com uma obra muito densa pode ser intragável e as vezes até traumatizante.
Quando a jornada de nossa heroína começa... eu simplesmente mergulhei! A dinâmica da narrativa muda, passando da apresentação para a ação em si. A protagonista toma seu lugar e inicia-se ai a desconstrução da imagem de princesa delicada em guerreira devotada.
Na construção da personagem a dimensão dada a religião anteriormente se mostra essencial. Assim como cavaleiros da távola redonda ou paladinos, Galatea segue a doutrina de Radrak lutando em seu nome, seguindo seus ideais e carregando seus valores.
Essa inversão de papéis masculino/feminino em relação ao cavaleiro/paladino é sensacional, pessoalmente acho que é esse o ponto que mais enriquece a obra. É esse ‘detalhe’ que legitima a originalidade. (podem torcer o nariz, mas já passou da hora de termos um Lancelot de saias! Não literalmente é claro.) Esse é sempre um ponto polêmico, mas é esse o principal motivo da trama não cair no clichê!
Galatea(uma mistura de Atena com Afrodite) é uma personagem polêmica, afinal não é uma mulher, é também uma princesa(snorf snorf snorf)ela é movida pela fé e tem valores moraisbem definidos assim como uma beleza fora do comum, fé e moral cavaleiresca? sim! Mas antes de mais nada ela é Galatea! Agora eu te pergunto, quem é Galatea? Beleza e moral? Lembrou? Nomes, às vezes, refletem características dos personagens!
A fina linha entre religião e magia está sempre presente. E assim como a fina linha entre obem e o mal que se faz presente na relação de Galatea e Iallanara.
Tudo requer equilíbrio, muitos julgam Galatea uma personagem ‘bondosa demais’, com fé demais e por isso as vezes 'rasa'. Pra mim Iallanara é o equilíbrio, uma personagem se equilibra na outra. Não é por nada que o destino das duas parece estar ligado de maneira tão profunda.
Essa resenha, assim como o livro levanta mais questões do que responde, mas as respostas vem no decorrer dos livros, afinal se trata de uma trilogia. O mais provável é que eu escreva sobre os livros separadamente e então escreva sobre a série, uma ‘resenha’ para cada livro e uma para a trilogia.
Sem conclusões o máximo que posso fazer é especular sobre o fim, qual(snorf snorf snorf)
E o fim... Quem vai morrer?
Porque vamos concordar, alguém sempre morre!
Eu já sei! Porque meu personagem preferido é sempre a vítima, por isso não vou dizer quem é! E já vou me preparando...
Ah sim, aqueles (snorf, snorf, snorf) durante a resenha foram colocados por mim para vocês não lerem uns pseudo-spoilers que a Ju colocou ali. Se ficou curioso, veja o Post completo dela, clicando AQUI! Vale a pena, é bem legal!
Abraços!
Leandro Reis
2 comentários:
Hum... deixei meu comentário na excelente resenha da Ju e percebi algumas coisinhas, mas não sei exatamente qual vc fala, pode me contar rs.
Bj.
q legal q gostaram do livro.
eu nem tive tempo de ler ainda,
vou ver se acelero, a fim de poder estar no ponto para ler Enelock = ) abç!
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